Cem mil refugiados são beneficiados por agência adventista


No final de 2015, segundo alguns organismos, a violência e as deslocações forçadas afetam mais de 8.6 milhões de crianças na região.

Brasília, Brasil… [ASN] A crescente crise de refugiados que fogem do terror semeado em países do Oriente Médio e Norte da África, pelo autoritarismo do Estado Islâmico (EI), pôs em alerta vermelho a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA Internacional), em diversos países da União Europeia, onde ela está presente.
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Até o momento, cem mil refugiados receberam ajuda da ADRA com fornecimento de alimentos, água, roupa e telefones celulares em países como a Croácia, Sérvia e Eslovênia. “Milhares de refugiados sentem a necessidade de se comunicarem com os seus familiares, que viram, pela última vez, quando abandonaram seus lares. Outros têm familiares em países de trânsito. O celular os ajudará a se conectarem com eles e dizer-lhes que estão seguros”, comentou o diretor da ADRA Internacional, Jonathan Duffy, à Agência Adventista Sul-Americana de Notícias (ASN).
O líder da ADRA acrescentou: “temos responsabilidades para com os refugiados. Algumas pessoas os rechaçam porque os associam à crise, ao terrorismo, e acreditam que cada refugiado é um possível terrorista. Porém, sabemos que não é assim”, Duffy comentou.
Um dos países que, para os migrantes, tornou-se uma porta aberta de entrada na União Europeia é a Grécia. Durante a travessia pelo Mar Mediterrâneo, milhares de vidas se perdem nas águas e não chegam à costa da Grécia, “e essa é uma situação desesperadora. Imaginem a dor provocada quando os pais colocam os filhos nos botes, crendo que estarão a salvo, esperando que cheguem a terra e vemos o que acontece com os botes; isso nos move a ajudá-los”, disse Duffy. As previsões indicam que cerca de 200 mil refugiados terão de fixar residência na Grécia. “Nós temos igrejas nesse país, mas não temos a presença da ADRA. Estamos trabalhando para ter presença e nos propondo a ajudá-los, visto que a situação econômica da Grécia não é forte para socorrer os refugiados”, o líder acrescentou.
Duffy informou que foram realizadas reuniões com todos os líderes da Igreja Adventista e líderes da ADRA, na Europa, para criar estratégias para prestar ajuda aos refugiados em crise. “Decidimos que a ADRA seguirá ajudando os refugiados em transição e a outras pessoas que chegam para encontrar seu destino”, informou.
Trabalho conjunto
Outras informações às quais a ASN teve acesso, por intermédio do Duffy, foi que as igrejas adventistas locais estão alcançando os refugiados de forma prática, ajudando-os a se estabelecerem no país, provendo-lhes cursos de idiomas, ajudando-os a encontrarem trabalho e oferecendo-lhes amizade que os ajudem a estabelecerem relacionamento de longo prazo com a igreja e com os países para onde se dirigem. Visto que eles estão desesperados, sem saber quem cuidará deles, “não há forma melhor do que lhes oferecer a amizade dos membros da igreja adventista”, acrescentou.
Ajuda necessária
 Devido à mobilização dos refugiados, o diretor da ADRA informou que a maior carência se encontra nos pontos de transição, nos quais há necessidade de alimentos, roupas de abrigo, água e apoio para que possam prosseguir a viagem. Os pontos de transição
Duffy assinalou que, como igreja, os adventistas devem ser a voz dessas pessoas e ajudá-las nos desafios que enfrentarão à frente. “Devemos lembrá-los que são filhos de Deus e mostrar-lhes o amor cristão, a hospitalidade cristã”, afirmou. Ainda, ele acrescentou que “eu não gosto de pedir dinheiro, mas desta vez necessitamos desses recursos para podermos prover ajuda a essas pessoas. Isso significa que necessitamos de dinheiro para roupas, cobertores, alimentos, água. Felizmente, estamos recebendo apoio financeiro”, concluiu.
Refugiados na América do Sul
O Brasil é um dos países que abriram suas portas para ajudar dezenas de refugiados provenientes da Síria, e a Agência Adventista, no Brasil, se uniu com a Agência Publicitária Propeg para coletar assinaturas que digam ao mundo que, assim como o país tropical sul-americano recebe os refugiados sem preconceito, outros países também podem fazê-lo. “Queremos que as pessoas saibam que a ADRA é favorável aos refugiados”, afirmou o pastor Jefferson Kern, diretor da ADRA Brasil. Para doações aos refugiados, clique aqui.
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